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Quem é e o que faz o dermatologista?

15/01/2019

A pele é um órgão muito importante do corpo humano, sendo sua primeira linha de defesa. Uma ampla gama de condições pode envolver a saúde da pele. Por isso, é fundamental acompanhar em sua aparência e textura, o que pode significar condições problemáticas, como o câncer.

O profissional da saúde especializado nos cuidados com a pele é o dermatologista, que faz o tratamento e prevenção de manchas e sardas, passando por problemas no couro cabeludo, até casos de doenças mais graves como o câncer de pele e hanseníase, por exemplo. Além desses cuidados, também é especialidade do dermatologista tratar e prevenir certas doenças que envolvam a boca, pelos, unhas, cabelos e até mesmo órgãos genitais, desde que tenham alguma ligação com a pele. Doenças venéreas e doenças sexualmente transmissíveis (DST) também fazem parte do campo de atuação do médico.

Cerca de 3 mil doenças dermatológicas fazem parte do conhecimento da medicina atual. Essas patologias afetam crianças, adultos e idosos, sendo necessária a análise de um profissional para indicar e realizar o tratamento adequado. É preciso procurar um dermatologista se notar mudanças radicais na pele, como cicatrizes doloridas, pele irritadamente seca, veias dilatadas, entre outras condições. O médico é responsável, ainda, por procedimentos cirúrgicos e estéticos.

Apesar da dermatologia já ser um campo do profissional formado em medicina, ainda existem especializações dentro desse ramo, o que oferece mais oportunidades de atuação. Veja quais são:

 

Cosmiatria

A cosmiatria é a área da dermatologia que se ocupa com as alterações estéticas da pele e trata do estudo do desenvolvimento de novos cosméticos. O dermatologista desta especialização estuda os efeitos dos cosméticos sobre a pele e também efeitos colaterais, sempre visando a beleza e a estética.

Esse profissional executa com habilidade e capacitação inúmeros procedimentos cosméticos, dentre os quais: aplicação de toxina botulínica, preenchimentos, laser para rejuvenescimento, peelings, tratamentos para cicatrizes de acne, depilação a laser, remoção de tatuagens, entre outros.

O dermatologista analisará alterações cutâneas nos pacientes e prescreverá os produtos certos para serem usados em cada tipo de pele. A importância da cosmiatria é cada vez mais levada em conta pelos pacientes, que entendem que beleza e saúde andam sempre juntas.

 

Hansenologia

É o ramo da dermatologia que estuda  e trata especificamente a hanseníase. O especialista na doença conhece profundamente todas as suas causas, possíveis complicações e os diversos tipos de tratamento.

A hanseníase é uma das doenças infectocontagiosas mais perigosas para a pele do ser humano, causada pela bactéria Mycobacterium leprae. É provável que a transmissão se dê pelas secreções das vias aéreas superiores e por gotículas de saliva. Embora seja uma doença basicamente cutânea, pode afetar os nervos periféricos, os olhos e, eventualmente, alguns outros órgãos.

 

Cirurgia Dermatológica

O especialista em cirurgia dermatológica pode trabalhar tanto no ramo da saúde quanto no da estética. Atua em qualquer tipo de lesão cutânea que requer um ato cirúrgico para removê-la, como pintas e sinais. Além disso, também realiza cirurgia de preenchimentos, de unha, procedimentos a laser e transplante capilar.

A maior parte dos procedimentos em cirurgia dermatológica é minimamente invasivo, requer apenas anestesia local e exige pouco tempo de recuperação. Porém, no tratamento do câncer, o fundamental é buscar a cura do paciente.  Nesses casos, o dermatologista tem habilidade e competência para realizar procedimentos cirúrgicos mais extensos, se necessário, podendo realizar também a correção estética do problema.

 

Entre as doenças que o dermatologista trata, selecionamos algumas que são bem conhecidas por nome, mas que nem todo mundo sabe realmente o que são e quais os seus sintomas.

 

Acne

Acne é o nome dado a espinhas e cravos que surgem devido a um processo inflamatório das glândulas sebáceas e dos folículos pilossebáceos. É muito frequente na fase da adolescência, mas comum também em adultos, principalmente nas mulheres.

Elas ocorrem quando há um aumento da produção de sebo vinda das glândulas sebáceas. Esse excesso de oleosidade deixa os poros obstruídos e aumenta a proliferação de bactérias. Em algumas pessoas, tornam-se um problema sério por conta do excesso de inflamações. Quando são mais leves, o tratamento costuma ser tópico, com creme ou gel sobre a pele. Em casos sérios pode ser necessário usar medicamentos para tratar.

Além do incômodo das lesões, o comprometimento estético determinado por alterações da pele pode atingir o lado psicológico. O adolescente pode se tornar inseguro, tímido, deprimido, infeliz, com rebaixamento da autoestima e com consequências sérias que podem persistir pelo resto da vida.

 

Psoríase

A psoríase é uma doença de pele bastante comum, que se caracteriza por lesões avermelhadas e descamativas, normalmente em placas. A pele também pode coçar ou doer e as áreas mais comuns do corpo em que a psoríase aparece são joelhos, cotovelos, costas, rosto, couro cabeludo, pés e mãos.

É uma inflamação crônica, acionada pelo próprio sistema imunológico do organismo. Surge principalmente antes dos 30 e após os 50 anos, mas em 15% dos casos pode aparecer ainda na infância. Sua causa é desconhecida, mas se sabe que pode estar relacionada ao sistema imunológico, às interações com o meio ambiente e à suscetibilidade genética. Fatores psicológicos, estresse, exposição ao frio, uso de certos medicamentos e ingestão alcoólica pioram o quadro.

Ela tem gravidade variável, podendo apresentar desde formas leves e facilmente tratáveis até casos muito extensos, que levam à incapacidade física, acometendo também as articulações. A psoríase não é contagiosa e é cíclica, ou seja, apresenta sintomas que desaparecem e reaparecem periodicamente. 

 

Eczema

Eczema é um tipo de dermatose que se caracteriza por apresentar vários tipos de lesões. Gera sintomas como coceira, inchaço e vermelhidão, deixando a pela ressecada e com pequenas bolhas. Por isso, ela deve ser adequadamente diagnosticada e tratada.

Quando se tem um eczema, os óleos que nossa pele produz não são suficientes e, por isso, a pele torna-se seca, dura e pode apresentar algumas crostas e coceiras também, o que acaba confundindo com outras doenças que apresentam sintomas parecidos.

A doença pode se apresentar em três fases: aguda, subcrônica ou crônica. A fase aguda é marcada pela presença de marcas avermelhadas com pequenas bolhas contendo água na superfície da pele; Na fase subaguda, essas bolhinhas se rompem, liberando um líquido claro; Na fase crônica, há secreção seca e formação de crostas. Não é necessário o mesmo paciente ter todas as fases de um eczema para se fazer o diagnóstico da dermatose. 

Apesar de prevalecer em algumas partes do corpo, como nas mãos e no rosto, a doença também pode se apresentar no corpo todo. Mesmo sendo considerada como uma desordem genética, o eczema não é contagioso. Esta doença de pele não tem cura mas pode ser controlada com o tratamento indicado pelo dermatologista.

 

Rosácea

A rosácea é uma doença de pele comum, cujos sintomas envolvem áreas de vermelhidão na pele e lesões inflamadas, especialmente nas bochechas, nariz, testa e queixo. Muitas vezes, começa entre as idades de 30 e 50 anos e afeta mais mulheres do que homens, embora os homens desenvolvam as formas mais graves da enfermidade.

Diversos fatores estão envolvidos no aparecimento da rosácea. Os mais importantes são: predisposição genética, alterações emocionais e hormonais, mudanças bruscas de temperatura, exposição solar, uso de bebidas alcoólicas, medicamentos vasodilatadores ou fotossensibilizantes e ingestão de alimentos muito quentes.

Quando os primeiros sintomas aparecem, podem ser confundidos com queimaduras solares. A rosácea pode piorar ao longo do tempo, levando a mudanças permanentes na aparência e afetando a autoestima. Diversos tratamentos são constantemente testados, mas ainda não há um que cure definitivamente a doença. Entretanto, os tratamentos de controle costumam apresentar alto grau de satisfação.

 

Impetigo

Impetigo é uma infecção cutânea, altamente contagiosa, causada por bactérias. O contágio pode ocorrer através do contato direto com as feridas ou com gotículas da secreção nasal das pessoas infectadas ou, ainda, por objetos contaminados, como roupas pessoais, de cama, de banho, brinquedos, etc. A pele fica danificada e se formam crostas. Não há sintomas locais, mas a lesão vai se disseminando para áreas próximas.

Uma queda no sistema de defesa do organismo, um ferimento superficial na pele (um pequeno corte, um arranhão, a picada de um inseto) ou mesmo lesões provocadas por outras doenças de pele que possam servir de porta de entrada para o micróbio, são fatores favoráveis para a manifestação da doença.

Embora possa acometer pessoas de qualquer idade, o impetigo é mais comum em crianças entre dois e seis anos, especialmente nos meses mais quentes e úmidos do ano e em ambientes com condições de higiene precárias. Portadores de diabetes ou com o sistema imunológico comprometido correm risco maior de desenvolver impetigo.

 

Vitiligo

O vitiligo é uma doença cuja principal característica é o surgimento de manchas brancas na pele causadas porque os melanócitos, células responsáveis pela produção da melanina (substância que dá pigmentação à pele), começam a ser atacados pelo próprio sistema de defesa do paciente, o que enquadra a enfermidade entre as doenças autoimunes. Além disso, alterações ou traumas emocionais podem estar entre os fatores que desencadeiam ou agravam a doença.

A doença é caracterizada por lesões cutâneas de hipopigmentação, ou seja, manchas brancas na pele com uma distribuição característica. O tamanho das manchas é variável. É impossível prever a extensão da doença ou o quanto a pessoa perderá da cor da pele. A condição pode afetar qualquer parte do corpo, até mesmo o cabelo, o interior da boca e os olhos.

Como outros distúrbios da pele, a doença causa grande impacto social, já que, por falta de informação, as pessoas acreditam erroneamente que ela é contagiosa. A doença pode afetar pessoas de todos os tipos de pele, mas costuma ser mais perceptível em pessoas com pele mais escura. A condição não é contagiosa e nem representa um risco para a vida de quem a possui, mas pode afetar seriamente a autoestima.

O tratamento para vitiligo pode controlar e desacelerar a doença, e até mesmo melhorar a aparência, mas não depende exclusivamente do método terapêutico, e sim da reação do organismo a esse método. O dermatologista é o profissional mais indicado para realizar o diagnóstico e tratamento da doença.

A maior incidência ocorre no sexo feminino, com cerca de 9 mulheres para cada 1 homem. Cerca de 1% população mundial tem o problema, e na maioria dos casos, as primeiras manchas surgem na infância ou no início da vida adulta.

 

Urticária

A urticária é uma irritação cutânea caracterizada por lesões avermelhadas e levemente inchadas, como vergões, que aparecem na pele e coçam muito. As placas de urticária podem surgir de repente, em qualquer região do corpo, e desaparecer espontaneamente para ressurgir depois em outro local. Seu aparecimento está associado à ação da histamina, substância liberada pelos mastócitos, células do tecido conjuntivo responsáveis pela dilatação e permeabilidade dos pequenos vasos sanguíneos.

Cada pessoa tem suas sensibilidades, então, o aparecimento da urticária pode ser desde o frio até o calor excessivo, exercícios, alimentação ou situações estressantes. Como existem vários tipos de urticárias, cada uma recebe um tratamento específico, com medicamentos para passar na pele e para tomar.

Embora seja mais comum em adultos jovens (entre 20 e 40 anos), a urticária crônica pode ocorrer em qualquer idade. Ao longo da vida, uma em cada cinco pessoas terá pelo menos um episódio de urticária. Estudos mostram que cerca de 20%, 25% das pessoas já manifestaram pelo menos um episódio da doença na vida.

 

Câncer de pele

O câncer de pele ocorre devido ao crescimento anormal das células que compõe a pele e por isso podem originar diversos tipos de câncer de pele. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 180 mil novos casos no Brasil. Esse tipo de câncer ocorre, principalmente, devido ao excesso de exposição aos raios ultravioleta do sol.

O câncer de pele é dividido em dois grandes grupos: melanoma e não melanoma. O melanoma é o mais perigoso pois há risco de se espalhar pelo corpo. Mas o não-melanoma é o que mais afeta as pessoas entre todos os tipos de câncer. Quando se fala em câncer de pele não melanoma um dos principais é o carcinoma basocelular ou epidermoide (CEC), mais agressivo e de crescimento mais rápido que o carcinoma basocelular.

O tratamento varia de acordo com o tipo e o estágio do tumor, e também como a condição do paciente. A forma mais comum e a principal de remover o câncer de pele é através de cirurgia. Pessoas com história familiar da doença, de pele e olhos claros, cabelos loiros ou ruivos, albinas, as que se expõem ao sol e a agentes químicos excessivamente e têm muitas pintas constituem a população de maior risco para desenvolver a doença.

As dicas deste artigo não substituem a consulta ao médico. Lembre-se que cada organismo é único e pode reagir de forma diferente ao mencionado.

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